Você tem um problema? Se for um problema de pesquisa, temos boas novas para você!
- Equipe Fácil Metodologia
- 30 de out. de 2020
- 2 min de leitura
Você já parou para pensar qual foi o “pontapé” inicial para aquelas pesquisas clássicas, desenvolvidas por notáveis cientistas como Herbert Simon, Daniel Kahnemann, e Richard Thaler (que a propósito, são ganhadores do Prêmio Nobel de Economia)? Muito provavelmente, eles tinham em comum uma “angústia científica”, que foi analisada em seus trabalhos.

Muitas dessas “angústias” podem ser traduzidas em forma de problema de pesquisa, que de acordo com muitos manuais de elaboração de trabalhos acadêmicos e aulas de metodologia, é o pontapé inicial para a elaboração de uma pesquisa, seja ela um trabalho de conclusão da graduação, de pós-graduação, ou um artigo científico. É com base nesse problema que poderão ser delineados os objetivos (gerais e/ou específicos) do estudo. Viu só, um problema (de pesquisa) não é algo tão ruim assim, não é?.
Um bom problema de pesquisa (que seja interessante, contemporâneo e que clame por uma resposta científica) é a mola propulsora para um estudo relevante. Por outro lado, um problema frágil, que já esteja “batido” na literatura, pode implicar em um artigo “mais do mesmo”, sem avanços importantes. Por isso, o pesquisador deve analisar muito (MUITO) bem o que irá estudar e qual (is) problema (s) irá responder!
E como saber se o meu problema é relevante? Não existe uma fórmula mágica para isso, contudo, elenco algumas dicas que podem contribuir para essa análise:
a) Ouça as vozes da experiência: converse com seu orientador, professores, colegas, enfim, com os seus pares. Dê atenção principalmente para àqueles que estão há mais tempo pesquisando na mesma área que você. Por terem mais experiência, eles podem indicar caminhos a seguir.
b) Leia artigos atuais (publicados, digamos, nos últimos dois anos): fique atento aos recentes artigos que vem sendo publicados nas revistas de prestígio da sua área. Recorrentemente esses estudos compreendem temas que estão na “fronteira do conhecimento” e temas que são hot topics’. Analise quais problemas de pesquisa foram mensurados.
c) Leia artigos antigos: além de apreciar e aprender com vários clássicos, a leitura de artigos um pouco mais antigos contribui para saber o que já foi feito, o que já se sabe, e o que está consolidado no campo.
d) Opte por revisões de literatura para entender o desenvolvimento de um campo de pesquisa.
Você realmente terá um problema, se o seu problema de pesquisa não for importante! Nesse caso, além de aumentar as chances da sua pesquisa não ser publicada, seu estudo poderá vir a ser deixado a margem do debate científico. As breves dicas apresentadas aqui podem contribuir para reduzir esse risco.
Autores:
Cristian R. Foguesatto - Lattes: http://lattes.cnpq.br/3853718976397028
Kadígia Faccin
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