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Estudo de Caso

O método de estudo de caso representa um método de pesquisa que surge do desejo de compreender fenômenos sociais complexos, permitindo uma investigação para se preservar as características holísticas e significativas de acontecimentos da vida real. O pesquisador pode escolher realizar um estudo de caso único ou de casos múltiplos. Quando se trata de um caso raro ou quando não há recursos para analisar mais casos, investiga-se um caso único. Quando mais de um caso for avaliado, trata-se de um investigação de casos múltiplos, que devem ser escolhidos cuidadosamente pelo pesquisador e seguir uma lógica de replicação, não de amostragem (YIN, 2005).

 

 

5 CONCEITOS CHAVE

  • Rigor

  • Protocolo

  • Contexto

  • Entrevistas

  • Triangulação

Características

Quando se objetiva descrever um fenômeno, testar uma teoria e/ou criar uma teoria. Quando se colocam questões do tipo “como” e/ou “por que”. Quando o pesquisador tem pouco controle sobre os acontecimentos. Quando o foco do estudo são fenômenos contemporâneos inseridos em algum contexto da vida real. Quando se quer preservar as características significativas dos acontecimentos da vida real.

Dificuldades do método

Costuma demandar bastante tempo do pesquisador. Por trabalha com amostras pequenas, pode restringir a possibilidade de generalização dos resultados. A inabilidade e/ou negligência do pesquisador na realização das entrevistas, na coleta de evidências e na análise dos dados pode limitar o rigor do estudo​.

PRINCIPAIS AUTORES

  • EISENHARDT (1989)

  • FLYVBJERG (2006)

  • STAKE (1995)

  • YIN (2005)

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ARTIGOS DE REFERÊNCIA

O planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e abordagens

DENZIN, N. K.; LINCOLN, N. S. O planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e abordagens. Porto Alegre: Bookman, 2008.

 

Building theories from case study research

EISENHARDT, K. Building theories from case study research. Academy of Management Review, Mississippi, v. 14, n. 4, p. 532-550, 1989.

Five misunderstandings about case-study research

FLYVBJERG, Bent. Five misunderstandings about case-study research. Qualitative Inquiry, 12, p. 219-245, 2006.

Case study method

GOMM, R.; HAMMERSLEY, M.; FOSTER, P. Case study method. London: Sage, 2000.

Estudo de caso: planejamento e métodos

YIN, R. Estudo de caso: planejamento e métodos. 5ª ed. Porto Alegre: Bookman, 2015.

 

The Case Study Crisis: Some Answers

Yin, R.K.The Case Study Crisis: Some Answers. Administrative Science Quarterly, 26, 58-65, 1981. https://doi.org/10.2307/2392599

  • Para quais situações de pesquisa a etnografia é indicada?
    A etnografia é indicada para situações em que o pesquisador objetiva compreender melhor um grupo social e sua cultura. Um elemento fundamental neste tipo de pesquisa é a profundidade: é uma pesquisa que leva tempo com vistas à identificação de elementos sobre grupos como seus ritos e mitos. A etnografia é boa para quando você tem um problema de pesquisa que versa sobre a subjetividade de grupos sociais; para o qual você não sabe por onde começar para descobrir a solução. Tem uma tendência a ser bastante exploratória.
  • A sua presença não impacta o que você está observando?
    Sim, mas ao reconhecer nosso impacto no ambiente o pesquisador pode minimizar seu impacto sobre os achados de pesquisa. Os esforços do pesquisador são no sentido de criar uma ambiente confortável e no qual a figura do pesquisador seja naturalizada; o que leva tempo até aculturação.
  • Como balancear aculturação e distanciamento?
    A aculturação pressupõe contato com grupos de pessoas, entretanto não pode ser confundida com assimilação. A assimilação na verdade pode ser uma etapa na aculturação mas que é raramente atingida e que não deve ser objetivada em processos de pesquisa, pelo contrário, o processo do pesquisador compreende ciclos de imersão e de distanciamento que permita o exercício tanto da imersão na coleta de dados quanto o afastamento na análise que permita o estranhamento do familiar que há em nós, parafraseando Roberto Damatta.
  • A pesquisa etnográfica possui uma pergunta prévia de pesquisa?
    Geralmente sim, embora a pesquisa etnográfica tenha uma tendência a ser indutiva e de caráter exploratório, ela parte de alguma problema de pesquisa específico. A pergunta pode partir de dados particulares, que a partir de uma seqüência de operações cognitivas chega a leis ou conceitos mais gerais dos efeitos à causa, das conseqüências ao princípio, da experiência à teoria.

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Obrigada(o)

Email: facilmetodologia@gmail.com

Facilitadoras: Dra Kadigia Faccin, Luiza Fróes, Dra Bibiana Volkmer Martins

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