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Metassíntese

Com essa moda de “namoro” por aplicativo, o que não faltam são relações superficiais.

Aquelas nas quais a outra pessoa faz um questionário com perguntas do tipo: peso, altura, profissão, filme e livros preferidos, e por aí vai. Daí, se as perguntas iniciais baterem, ela sai uma vez contido e logo parte para a próxima da lista (ou click).

 

Mas se assim como eu, o que te encanta é não só saber um título de livro, mas passar uma tarde debatendo aquela passagem preferida que te tu acreditas ter implicação na forma como as pessoas vêem o mundo. Então, tu gosta é de profundidade, na vida, e talvez na pesquisa.

 

Só que claro, o mundo é uma loucura e às vezes não temos tempo para essa profundidade toda. Mas e se eu te disser que na pesquisa podemos ter profundidade e quantidade ao mesmo tempo e, de quebra trazer aquela tão sonhada contribuição teórica?


A metassíntese é um método qualitativo emergente que utiliza dados de diversos (quantidade) estudos de caso (profundidade) já realizados para construir teoria ou aprimorá-la. Então aquela reclamação recorrente sobre os estudos de caso únicos, que nem sempre seus achados podem ser generalizados teoricamente, cai por terra. A metassíntese usa o acúmulo de achados de estudos primários e consegue fazer contribuições à ciência que ultrapassam as de estudo de caso único ou de casos múltiplos.

A entrega deste método é uma SÍNTESE TEÓRICA.

 

5 CONCEITOS CHAVE

  • Qualitativo;

  • Indutivo;

  • Interpretativo;

  • Síntese;

  • Estudos de caso.

PRINCIPAIS AUTORES

  • Christina Hoon

  • Barbara L. Paterson

  • Sally E. Thorne

  • Connie Canam

  • Carol Jillings

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ARTIGOS DE REFERÊNCIA

Livro Meta-Study of Qualitative Health Research - A Practical Guide to Meta-Analysis and Meta-Synthesis, por Barbara L. Paterson, Sally E. Thorne, Connie Canam, Carol Jillings. 2001.


Conducting Qualitative Metasynthesys Research: Insights from a Metasynthesis Project, por  Barbara L. Paterson, Claire-Jehanne Dubouloz, Jacques Chevrier, Brenda Ashe, Judy King, Mirela Moldoveanu. 2009.


Meta-Synthesis of Qualitative Case Studies: An Approach to Theory Building, por Christina Hoon. 2013.


The Role of Stakeholders in the Context of Responsible Innovation: A Meta-Synthesis, por Luciana Maines da Silva, Claudia Cristina Bitencourt, Kadígia Faccin, Tatiana Iakovleva. 2019.

  • Para quais situações de pesquisa a etnografia é indicada?
    A etnografia é indicada para situações em que o pesquisador objetiva compreender melhor um grupo social e sua cultura. Um elemento fundamental neste tipo de pesquisa é a profundidade: é uma pesquisa que leva tempo com vistas à identificação de elementos sobre grupos como seus ritos e mitos. A etnografia é boa para quando você tem um problema de pesquisa que versa sobre a subjetividade de grupos sociais; para o qual você não sabe por onde começar para descobrir a solução. Tem uma tendência a ser bastante exploratória.
  • A sua presença não impacta o que você está observando?
    Sim, mas ao reconhecer nosso impacto no ambiente o pesquisador pode minimizar seu impacto sobre os achados de pesquisa. Os esforços do pesquisador são no sentido de criar uma ambiente confortável e no qual a figura do pesquisador seja naturalizada; o que leva tempo até aculturação.
  • Como balancear aculturação e distanciamento?
    A aculturação pressupõe contato com grupos de pessoas, entretanto não pode ser confundida com assimilação. A assimilação na verdade pode ser uma etapa na aculturação mas que é raramente atingida e que não deve ser objetivada em processos de pesquisa, pelo contrário, o processo do pesquisador compreende ciclos de imersão e de distanciamento que permita o exercício tanto da imersão na coleta de dados quanto o afastamento na análise que permita o estranhamento do familiar que há em nós, parafraseando Roberto Damatta.
  • A pesquisa etnográfica possui uma pergunta prévia de pesquisa?
    Geralmente sim, embora a pesquisa etnográfica tenha uma tendência a ser indutiva e de caráter exploratório, ela parte de alguma problema de pesquisa específico. A pergunta pode partir de dados particulares, que a partir de uma seqüência de operações cognitivas chega a leis ou conceitos mais gerais dos efeitos à causa, das conseqüências ao princípio, da experiência à teoria.

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Obrigada(o)

Email: facilmetodologia@gmail.com

Facilitadoras: Dra Kadigia Faccin, Luiza Fróes, Dra Bibiana Volkmer Martins

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