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O método QCA, que bicho é esse?

  • Foto do escritor: Equipe Fácil Metodologia
    Equipe Fácil Metodologia
  • 28 de mai. de 2021
  • 2 min de leitura

Depois de ler muito e encontrar possíveis lacunas de pesquisa, Quevin finalmente chegou a sua questão, com certeza um dos principais desafios de todo pesquisador, e agora está na hora de ver qual método é mais adequado. Embora ele queira fazer uma análise estatística, pois já trabalhou com este método e domina a sua prática, ele se deparou com duas questões:

  • 1) Descobriu que não tem dados suficientes para realizar uma regressão ou uma análise de variância, afinal 35 casos não estão nem próximos do necessário;

  • 2) A sua questão de pesquisa não direciona ao uso de análise estatística, já que ele quer saber qual (ou quais) combinações de capacidades de inovação potencializam ecossistemas de inovação.

O primeiro sentimento de Quevin é o desespero, mas por sorte seu orientador Carlos já ouviu falar de um método que pode dar conta destes 35 casos e indica uma pesquisadora mais experiente no assunto.


Seu orientador passa o contato da Ana, que lhe apresenta o método QCA (Qualitative comparative analysis ou análise comparativa de dados). Ana conta que o QCA tem suas origens na teoria dos conjuntos, aquela matéria do ensino fundamental onde analisamos se os números pertenciam a um conjunto, se os valores estavam contidos ou não. Através dos conjuntos é possível verificar a união, interseção e diferenças de conjuntos, entre outras análises. Na figura abaixo podemos ver o conjunto A, o conjunto Be a interação dos conjuntos A e B.





Com os 35 casos que Quevin tem, ele pode classificar as variáveis em diferentes conjuntos, identificar as relações entre os conjuntos, analisando as diferentes combinações possíveis e entender melhor o fenômeno, ou seja, se os conjuntos, combinados ou não, estão presentes quando o fenômeno em estudo ocorre. Desta forma é possível determinar qual conclusão lógica o conjunto de dados suporta.


Ao final da análise, Quevin seguiu todas as recomendações metodológicas (ver mais em: Introdução à análise qualitativa comparativa e aos conjuntos Fuzzy) e conseguiu ótimos resultados em sua pesquisa. Apesar disso, como nunca havia ouvido falar do QCA, Quevin está um pouco preocupado se vai conseguir publicar um artigo em um journal relevante e de impacto.


Ainda em conversa com Ana, ela diz para ele não se preocupar e recomenda três journals que podem se interessar pela pesquisa, principalmente por já terem várias publicações de artigos utilizando este método. O primeiro é o Journal Of Business Research com fator de impacto de 4,874 e relevante na área de negócios, em especial nas decisões, processos e atividades de negócios, sem dúvida uma ótima opção.


Se a pesquisa de Quevin está mais relacionada com teorias psicológicas e técnicas de marketing, então o Psychology & Marketing pode ser uma melhor opção, com fator de impacto de 2,370.E por fim, se a pesquisa está focada em profissionais do marketing atuando em mercados B2B ou industrial, então o Industrial Marketing Management com fator de impacto de 4,695 é a escolha certa.


Quevin já resolveu o problema dele, começando por qual método usar até a publicação em uma revista de impacto. Agora se você ainda está com dúvidas se o QCA é o método adequado para você, vale a pena se aprofundar no tema. Busque mais materiais na internet, acesse o artigo do Prof. Dr. Osorio Carvalho Dias, encontre outros especialistas e deixe suas dúvidas nos comentários para debatermos.


Autor:

Rovian Dill Zuquetto

 
 
 

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Email: facilmetodologia@gmail.com

Facilitadoras: Dra Kadigia Faccin, Luiza Fróes, Dra Bibiana Volkmer Martins

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